02 outubro 2012

Camões... grande Camões tão igual era o teu fado ao do nosso país...

Parece que o grande Luís (eu trato-o como se tratam os amigos) está outra vez na berra mas desta vez no...parlamento. Como está então na berra e já não parece "mariquice"  um homem citar o grande Luís Vaz, deixo aqui a minha contribuição relacionada com o poeta que poucos saberão.
O passaporte português modelo de 2001, apresenta na página de guarda anterior, uma pintura lindíssima de Soares do Reis reproduzida em técnica de gravura funda:




Essa gravura retrata esta estrofe dos Canto II dos Lusíadas:

 "Põe-se a Deusa com outras em direito
 Da proa capitaina, e ali fechando
 O caminho da barra, estão de jeito,
 Que em vão assopra o vento, a vela inchando.
 Põem no madeiro duro o brando peito,
 Para detrás a forte nau forçando;
 Outras em derredor levando-a estavam,
 E da barra inimiga a desviavam."
Esquecendo agora a conotação erótica da estrofe só porque ainda não almocei, em suma, pode-se afirmar que as deusas desviavam o nosso destino das rotas mais perigosas e, aparentemente, terá resultado pois ainda há pouco estive em Malaca e posei junto ao que resta do antigo forte português.
É mesmo isso que estamos a precisar novamente que os deuses nos encaminhem outra vez para as rotas do progresso porque quem anda cá na terra já pouco pode fazer...
E era isto! Queria juntar a poesia do  Luís com as tendências da política actual, com a ajuda externa, com o passaporte de 2001 e com uma gravura lindíssima em talhe doce tratada pelo meu amigo JB. 
Dá-me ideia que consegui, apesar de ainda não ter almoçado!    


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