Parece que o grande Luís (eu trato-o como se tratam os amigos) está outra vez na berra mas desta vez no...parlamento. Como está então na berra e já não parece "mariquice" um homem citar o grande Luís Vaz, deixo aqui a minha contribuição relacionada com o poeta que poucos saberão.
O passaporte português modelo de 2001, apresenta na página de guarda anterior, uma pintura lindíssima de Soares do Reis reproduzida em técnica de gravura funda:
Essa gravura retrata esta estrofe dos Canto II dos Lusíadas:
"Põe-se a Deusa com outras em direito
Da proa capitaina, e ali fechando
O caminho da barra, estão de jeito,
Que em vão assopra o vento, a vela inchando.
Põem no madeiro duro o brando peito,
Para detrás a forte nau forçando;
Outras em derredor levando-a estavam,
E da barra inimiga a desviavam."
Esquecendo agora a conotação erótica da estrofe só porque ainda não almocei, em suma, pode-se afirmar que as deusas desviavam o nosso destino das rotas mais perigosas e, aparentemente, terá resultado pois ainda há pouco estive em Malaca e posei junto ao que resta do antigo forte português.
É mesmo isso que estamos a precisar novamente que os deuses nos encaminhem outra vez para as rotas do progresso porque quem anda cá na terra já pouco pode fazer...
É mesmo isso que estamos a precisar novamente que os deuses nos encaminhem outra vez para as rotas do progresso porque quem anda cá na terra já pouco pode fazer...
E era isto! Queria juntar a poesia do Luís com as tendências da política actual, com a ajuda externa, com o passaporte de 2001 e com uma gravura lindíssima em talhe doce tratada pelo meu amigo JB.
Dá-me ideia que consegui, apesar de ainda não ter almoçado!
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