25 abril 2010

PORQUE É QUE POR VEZES É TÃO DIFÍCIL ENCONTRAR CONCERTOS ASSIM...AUTÊNTICOS?

Tenho uma profunda admiração por Pedro Barroso, respeito as suas opções e concordo com a sua a forma de estar na vida, magoado com o desmesurado mediatismo de certos “cantores” e “músicos” do “Ai puxa puxa…. Ai dá-me dá-me” e com a ditadura das playlists que, paulatinamente, nos transforma musicalmente em lusoangloamericanizados (a palavra não existirá mas expressa o quero referir).

Este post é só para testemunhar o meu reencontro com este “último trovador”, como lhe chamou o JN, um verdadeiro autor de canções, gémeo idêntico de tantos poetas/cantores lusos que repousam, por vezes esquecidos, nas páginas mais preciosas dos livros da nossa história. De vez em quando temos que nos recordar, de vez em quando temos que sorver palavras e sons que nos transportem para a portugalidade, de vez em quando necessitamos saber porque é que “Viriato tem mil anos de razão”, porque é que amamos “lábios como se fossem fontes de água doce”, ou o motivo de navegarmos em “peles onde desenhamos o espanto”.

O primeiro ocorreu nos anos noventa, no aeroporto, quando lhe pedi um autógrafo, informando-o que tinha comprado o seu último álbum (Cantos da Antiga Idade). Vou colocar aqui, brevemente, parte do autógrafo e a história que lhe está subjacente.


O último foi no sábado num concerto ao vivo, comemorativo do 25 de Abril, no “teatrinho” Eduardo Brasão. Cada música, cada palavra proferido, cada sonoridade que sorvia transportava-me invariavelmente para a expressão “Bravo”, que proferi após cada música.
Então aqui fica uma foto do concerto e a pergunta:
Porque é que por vezes, é tão difícil encontrar concertos assim… simples e bonitos?Obrigado Pedro por nos lembrares como pode ser bonita a nossa música e rica a nossa língua. Abraço e até ao nosso próximo encontro.



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