23 novembro 2011

A crise ao fundo do túnel

Isto da crise faz-me lembrar que, afinal, a "luz ao fundo do túnel" do ano passado era um camião que veio a chocar com a Europa de frente este ano.

08 novembro 2011

Para quem estiver interessado em ter filhos em pouco tempo

Visto por aí num jornal. O lado positivo é que ele devolve o dinheiro se formos roubados, o que nesta "consulta" deve ser quase sempre...
A pergunta que se impõe é:
Será que ele tem um catálogo para se escolher o "sexo" no tamanho da nossa preferência? 

06 novembro 2011

Mitologias da Grécia actual

Para mim a Grécia moderna não é assim tão diferente da Grécia antiga:

A Grécia antiga criou o mito do Prometeu.
Papandreu também criou um mito de Prometeu. Prometeu que ia haver um referendo e nada, Prometeu que equilibrava as contas públicas e nicles, Prometeu…

Os gregos antigos partiram numa Odisseia, enfrentaram tempestades e criaturas como o Ciclope e a Cila. 
Os gregos modernos também estão numa autêntica Odisseia a enfrentar todas as tempestades e criaturas como a Merkel e o Sarkozy.

Os gregos antigos pesavam que os deuses e as mais altas instâncias zelavam por eles.
Os helénicos modernos também pensam que os divinizados eurodeputados e as mais altas instâncias da Europa zelam por eles .

Os gregos de Esparta tinham que levar uma vida parca e austera, sem luxos e eram gente de poucas palavras para explicar o que lhes acontecia.
Os gregos actuais também já começaram a levar uma vida parca e austera, sem luxos e já estão a ficar sem palavras para explicar o que lhes está a acontecer.

04 novembro 2011

Esta é, provavelmente, a foto mais embaraçosa da minha vida!

Países na Ásia há que não têm os tabus portugueses nas revistas de segurança dos aeroportos. Por cá, quando o aparelhómetro que detecta metais e mais não sei o quê “apita”, uma senhora apalpa uma senhora e um homem apalpa um homem. Pode parecer um pouco gay mas é assim.
É uma regra que deve estar gravada em alguma pedra sagrada que condicionou toda a nossa puritana educação. Como se uma senhora não soubesse o que pode encontrar quando, em dez segundos, desliza as mãos com luvas pelo corpo de um homem… vestido.

Para terem uma ideia, na prática, do que acontece muitas vezes comigo nos aeroportos portugueses é o seguinte:

Se o funcionário que faz a revista está ocupado, apesar de estarem três seguranças meninas a olhar para mim, ninguém me chama porque estão à espera da fulana formosa (claramente usei aqui uma mescla de Bocage/Camões, para evitar o termo “gaja boa” que repudio) que está atrás de mim. Ao fim de alguns minutos lá tenho que ser apalpado pelo cavalheiro de bigode (logo eu que nem gosto de cavalheiros com bigode… nem sem bigode), enquanto todos olham para a tal sujeita bem-parecida a ser tacteada por outras meninas, originando atrasos invariavelmente imputados aos passageiros do sexo masculino.

Mas na Ásia não se liga muito a isso. O que é necessário é revistar o maior número de passageiros para despachar a fila e não atrasar os voos. Assim, qualquer menina da segurança nos pede para levantar a camisa enquanto nos tira o cinto, mexe e remexe na nossa cintura sem luvas e olha objectivamente para algures à procura de qualquer material explosivo.
“Ah, e tal isso são histórias do estapafúrdio autor do blogue só para aumentar exponencialmente o número de visitas”, dirão os leitores…
Pois não são e eu tenho aqui a prova:


Agora que já se calaram, perguntam vocês: “Mas quem tirou a foto mais embaraçosa da sua vida?”
Foi a minha companheira de viagem, por ter achado “giro” eu estar publicamente envolvido com uma senhora asiática e em que ambos colaboramos para… como dizer, tudo se processasse melhor.

Brincadeira à parte, não deve ter sido nada de especial pois não me lembrava nada disto se não tivesse visto a foto. Ah! E para a menina que me revistou também não deve ter sido bom… É que nunca mais nos vimos!

02 novembro 2011

Filosofia moderna

Assim numa alegoria rápida: Isto da Grécia vai-se tornar numa grande tragédia, que nos obrigará a todos a viver como Espartanos e que nos vai deixar a todos muito lacónicos. 

*Laconismo- característica cultivada pelos Espartanos - os habitantes da Lacónia - ser parco em palavras.

01 novembro 2011

Halloween? E pão-por-Deus não?

Não gosto da designação "Halloween". Para além de ser uma tradição anglo-saxónica, está carregada de mensagens que apelam ao consumismo e pressupõe que se apanhem "sustos".
Na verdade a Grécia levou esta tradição muito a sério pregando, a toda a Europa, um grandessíssimo susto com a história do referendo porque, aparentemente, já não gosta dos doces que lhe têm dado e que tem causado amargos de boca.


Por isso é que sou a favor do muito tuga "pão-por-Deus". As abóboras são para colocar na sopa, as pevides comem-se com tremoços, as máscaras são para o Entrudo.
Os petizes começam a tocar campainha da minha casa logo pelas 08:00 da manhã de um dia feriado, o cão que dorme dentro de casa ladra desalmadamente e o que dorme no quintal ladra como se fosse meio-dia. Contariamente ao que seria de esperar, acordo feliz. Vem-me à memória a infância e a inquietação que tinha em receber um bolo ou rebuçados.
Vivam então as crianças, que fitam os meus olhos estremunhados com um brilho radioso que surge da profunda alegria de receber um míni chocolate. Afinal o mundo ainda pode ser assim, simples e bonito... pelo menos por uns minutos!


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