05 agosto 2010

GENUÍNO DESGOSTO POR NÃO DECORAR OS NOMES DA ARTE DA DECORAÇÃO...

A decoração de interiores ou design de interiores para os mais perfeccionistas, sempre foi uma coisa que não me fascinou.

As únicas noções que tinha sobre design de interiores eram o não simpatizar com os candeeiros contendo penduricalhos em cristal pontiagudo, não gostar de mobília escura com rococós onde se acumulava o pó que tinha que limpar quando era pequeno, não gostar dos colchões rijos em palha de milho que uma das minhas tias tinha e não simpatizar com aqueles móveis que serviam para esconder um penico, que permanecia toda a noite nas imediações do nariz. Tudo o resto me parecia bem…
Sempre pensei que só existiam três ou quatro nomes para distinguir “os móveis”, que as cores eram só as que todos conhecemos e que os tipos de tecidos eram também só quatro ou cinco, sendo a ganga o mais forte e o mais bonito…

Também pensava que a expressão, “ isto fica bem é com isto” era só usada para as roupas de ganga e aí eu era um verdadeiro estilista pois rapidamente fazia combinar uns jeans azuis com uma camisa de ganga azul e um blusão de ganga azul.

Facilmente se depreende que quando tive que preencher os espaços vazios da minha primeira casa e me dirigi a uma loja de móveis, que também vendia cortinados, foi como se entrasse num universo paralelo que sempre existiu mas que eu nunca dei conta.

Expressões como “ cortinados em organza tom caqui”, “aparador em pinho mel”, “sommier com colcha champanhe”, “camilha com coberta em chenille azul-petróleo” (Azul petróleo? Nem esta foi fácil, eu nem sabia que havia uma variedade de petróleo em azul..).

E depois os tecidos jaquard, gobelain, as cores fuchsia, turquesa, safira, esmeralda azul-cobalto, borgonha, índigo, ocre, sépia e os móveis com designações esquisitas como camiseiro, consola, toucador, escaparate. Enfim… foi tudo muito cansativo e caro! Eu que o nome mais estranho que conhecia nesta área era “bibelô” mas que eu e o meu mano R. chamávamos de “traquitanas” para dar um ar mais masculino às brincadeiras…

Lanço aqui um desafio, quem é que não estando no ramo, não sendo o Castelo Branco ou aquela senhora com nome chique (Bobone creio) sabe de repente que raio de cor é o “caqui” e o “fuchia”, o que é uma “consola da ARC com duas gavetas” (já vi da Sony mas ainda não tem gavetas) ou se o/a “organza azul é mais forte que a ganga”. Viram como não é fácil? Eu que tenho metade disto em casa tive, mesmo assim, que pesquisar estes os nomes todos na net porque já não me lembrava deles…

Mas hoje estou mudado e considero-me um homem moderno, atento às novidades do mercado e é isso que quero partilhar com vocês o seguinte: num país europeu que visitei recentemente vi um candeeiro num hotel que fica bem em qualquer sala de refeições e que “acho o máximo!”, gostei mesmo porque não tem aqueles penduricalhos em cristal pontiagudo que eu não aprecio…



Encontrei depois, já no nosso país, uns no mesmo estilo para a cozinha e para as casas de banho mas não me parecem de muita qualidade se bem que têm os cordões em azul que parecem ganga…Para a sala ainda não descobri pois, segundo o fornecedor, é difícil pendurar uns sofás “Divani&Divani” com cordões azuis “que não são tão fortes como a ganga”…
                           
   




















Era só. Gostei de partilhar a minha sensibilidade para decoração com todos vós. Abraços e beijinhos…brevemente partilharei as minhas sensibilidades sobre pronto a vestir, flores ornamentais e plantas.

2 comentários:

  1. LOL, sem brincadeiras, ainda consegues ter mais sensibilidade para essas coisas que eu.
    Mas eu agora só me pergunto (referindo-me aos candeeiros): tudo bem que isto é muito engraçado e muito moderno, mas se por acaso isso calha a cair e a pessoa está debaixo de um, principalmente do das frigideiras? :p*

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  2. :))) Diria que está "frito"...Mas não te preocupes que estes modelos não se encontram facilmente por aí...

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