Como já tinha referido aqui, sempre apreciei o universo da publicidade. O processo criativo da concepção, a imaginação necessária, as mensagens subliminares mas, sobretudo, os devaneios e as lorpices…que me divertem.
Numa revista que li numa clínica e que tinha como tema a saúde, encontrei este anúncio que pode passar despercebido a muita gente mas que vou analisar a fundo. Quer dizer, não tão a fundo como isso porque o assunto é, como dizer...uma porcaria.
Assim de forma rápida as perguntas que se impõem são:
Quem é que realmente acha que após beber o chá enterodesbloqueador (penso ter inventado mais um termo para a língua portuguesa!), o senhor está naturalmente a livrar-se da prisão de ventre? Num escritório? E de calças vestidas? E com toda a gente olhar para ele? E isto é considerado natural?
Para mim o mais natural era, em plena reunião, ele estar a livrar-se dessa prisão com as calças em baixo! Isso sim era normal e não me chocava, se bem que não estou a ver por ali papel higiénico à mão nem local para lavar as mãos.
Mas se julgarmos que realmente a infusão funciona tão bem e que o senhor se livra dos excedentes do processo digestivo, como exemplificado, de que forma é que ele sai reunião e enfrenta o resto do dia no escritório, com uma mancha no traseiro?
E porque é que associam este fenómeno às leis penais chamando-lhe prisão de ventre. Para a prisão vai quem já tem o trânsito em julgado e aqui, julga-se, que não há mesmo trânsito nenhum. Está tudo parado certo? Então se querem continuar a associar às leis penais porque não chamar apenas detenção no ventre. Ficava mais de a acordo com as leis processuais penais actuais. Detém-se, mas é só por um bocadinho porque, a seguir, liberta-se logo tudo e vai todo um trabalho meticuloso de alguém por água à baixo.
Eu até iria mais além, propondo que a designação para esta problemática intestinal se adapte aos novos tempos e que se faça uma analogia com as leis fiscais. Assim eu passaria a chamar a isto retenção no ventre, mas só até 2013 ou 2014 porque, segundo o governo, é quando acaba a crise e as retenções na fonte serão mínimas.
E por aqui me fico. Não quero aprofundar mais este interrogatório mas deixo aqui a última questão:
Mas quem é que inventou esta bodeguice de anúncio?
Não sei se me atreveria a tomar uma coisa dessas. AH!AH! Mt bom como sempre.
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