Eu sei que esta imagem circula por aí nas redes sociais, mas acontece que eu numa das voltinhas pela cidade de Lisboa, passei perto do Castelo e dei de caras com o dito jardim. Não resisti e de braços erectos captei esta foto. O mais irónico é que o jardim fica entalado entre a rua de São Tomé e a R. do Salvador. Enfim é ver para crer…
Ao ver o local, pequeno jardim com dois ou três bancos daqueles em madeira rija, senti necessidade de saber o nome do autor, supondo que, com certeza, já estaria perdido na memória endurecida pelo tempo. No fundo, queria aqui erguer uma homenagem para tentar elevar o talento do autor, que com um grupo de companheiros arrebitaram para sempre, a pouco humorada toponímia de Lisboa. Carlos Vinagre, de seu nome e calceteiro de profissão, (após pesquisa rápida) está já, com todo o direito, nos anais do humor português, por fazer sorrir todos os que sobem ao bairro do castelo e por ali passam.
Homem habituado entalhar a dura pedra calcária, sulcou contra a corrente vigorosa que erigia as rígidas mentalidades da época e conseguiu, após algum tempo, que as opiniões amolecessem e aceitassem tal designação. Vinagre provou que ante a adversidade o lusitano não baixa a cabeça e que, quando é necessário, tem aquelas coisas que se põe na salada de alface (não, não é o pepino!) para encarar tudo e todos.
Caro Carlos, onde quer que estejas, deixo aqui a minha respeitosa vénia por teres levantado o nosso estado de espírito que, com os problemas da crise e da selecção, andava um pouco murcho...
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