23 setembro 2010

DE VOLTA, E LOGO COM UM POST DE BOLINHA VERMELHA…

Eu sei que esta imagem circula por aí nas redes sociais, mas acontece que eu numa das voltinhas pela cidade de Lisboa, passei perto do Castelo e dei de caras com o dito jardim. Não resisti e de braços erectos captei esta foto. O mais irónico é que o jardim fica entalado entre a rua de São Tomé e a R. do Salvador. Enfim é ver para crer…



Ao ver o local, pequeno jardim com dois ou três bancos daqueles em madeira rija, senti necessidade de saber o nome do autor, supondo que, com certeza, já estaria perdido na memória endurecida pelo tempo. No fundo, queria aqui erguer uma homenagem para tentar elevar o talento do autor, que com um grupo de companheiros arrebitaram para sempre, a pouco humorada toponímia de Lisboa. Carlos Vinagre, de seu nome e calceteiro de profissão, (após pesquisa rápida) está já, com todo o direito, nos anais do humor português, por fazer sorrir todos os que sobem ao bairro do castelo e por ali passam.

Homem habituado entalhar a dura pedra calcária, sulcou contra a corrente vigorosa que erigia as rígidas mentalidades da época e conseguiu, após algum tempo, que as opiniões amolecessem e aceitassem tal designação. Vinagre provou que ante a adversidade o lusitano não baixa a cabeça e que, quando é necessário, tem aquelas coisas que se põe na salada de alface (não, não é o pepino!) para encarar tudo e todos.

Caro Carlos, onde quer que estejas, deixo aqui a minha respeitosa vénia por teres levantado o nosso estado de espírito que, com os problemas da crise e da selecção, andava um pouco murcho...

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