30 junho 2010

VERDADEIRAMENTE O CONTRÁRIO DE ESTAR MORTO É ESTAR VIVO (e vice versa)

Não sei exactamente quantos pessoas compõem a família “Cardinali”, mas pelos menos 45 têm um circo, que estão em permanente tournée pelas cidades e vilas de Portugal.
Este encontrei-o nas Caldas da Rainha e tem a particularidade de apresentar um espectáculo “top class”em que os animais, pasme-se, estão vivos! E é um show único em Portugal…

                   

Eu sei que faz já há algum tempo que não vou a um circo mas, pelo que me lembro, nunca vi um espectáculo com animais mortos que, de resto, não deve ser muito impressionante. Por outro lado, se pensar bem, até acho que seria uma boa solução:

- Estes animais não dariam muita despesa; não era preciso “treiná-los até à morte”; evitavam-se as reclamações da liga protectora dos animais e, à boa maneira portuguesa, contornava-se a lei que proíbe a exibição de animais vivos nos circos em território nacional…

Vou tentar passar esta ideia a um dos outros 44 circos “Cardinali”, caso seja inovadora….

Ah! Agora que me recordo, uma ocasião em Espanha num placar estava escrito:

“Pelo tercero sieculo consecutivio espetaculo de classe topo con animales quasi a morrir. Espetaculo unico aqui e en Barranquios”.

Entrei e um senhor, vestido como se fosse desfilar numa parada relacionada com o orgulho qualquer, munido com uma espécie de uma toalha de mesa em tom rosa/avermelhado com a qual tentava tapar um inchaço que tinha junto à virilha esquerda, dava um espectáculo com um animal preto, pelos vistos, adestrado para tentar acertar nessa intumescência até à exaustão, sempre com cara de mau.
Como dessa vez não conseguiu acertar no enchumaço pois a manta por vezes tapava-lhe os olhos e não o deixava ver nada, o altivo adestrador desferiu um golpe com uma espada no cachaço do animal que, depois de morto, anuiu em dar duas voltas à pista sob fortes aplausos e foi, de facto, o único espectáculo decadente com bichos mortos, que vi.

Ah! Esperem, tirando o meu gato que quando caça um rato insiste em dar saltos mortais, por vezes empranchados, enquanto projecta o roedor a uma metro acima do solo, já defunto, e o agarra com as mandíbulas caindo depois com uma elegância que me faz lembrar a Nadia Comaneci, quando era pequenina.

E pronto era só mesmo isto que queria verbalizar sobre esta tonteria…

PS: Lamento imenso mas não domino os termos do tauromaquês, como o grande Maurício do Valle, nem o castelhano na forma escrita!

2 comentários:

  1. Tu és mesmo engraçado descobres cada coisa.
    Bjs

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  2. É que as "coisas" andam por aí e quando "batem forte" dá-me para estas "tonterias" que, devo dizer, me divertem.
    Bjs
    PS: brevemente (isto depende sempre do tempo disponível) vou postar algo inspirado num dos teus comentários, referindo a fonte claro!

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